09/01/2008

Vou construir um bunker para me proteger dos terroristas

A propósito das ameaças de atentado na Mauritânia e consequente cancelamento do Dakar, muita tinta correu.E eis que hoje encontro um comentário de um cidadão preocupado e atento, no jornal Metro. Sim, um daqueles jornaizinhos de distribuiçãogratuita que, entre outras pérolas e notícias da maior pertinência, dão voz às maiores barbaridades que cidadão comumse lembre de escrever. E então dizia o senhor que, dada a proximidade geográfica entre Portugal e o Magrebe,que tais ameaças seriam concerteza um sinal de que também Portugal seria alvo de tais ameaças e consequentesataques. Como se não bastasse este síndrome de exímio conhecedor do espectro geopolítico em que hoje vivemos,o senhor demonstra ainda a maior das preocupações pelo facto de hoje vivermos aterrorizados pelo medoe paralizados por este tipo de ameaças. O que muito me espanta quando ele, qual Velho do Restelo alarmista,fala na eminência de sermos atacados!Desde que aquele senhor do Porto foi detido por ser suspeito de conspirar sob o auspício de Alá, qual intifada tripeira, eu já acredito em tudo! Não tarda nada, começa a caça às bruxas ali para os lados da Mesquita de Campolide e no Martim Moniz,esquecem-se os valores democráticos e é vê-los a arder na fogueira agarrados ao Corão. Isto se se der crédito a senhores como o do comentário revisto.
Livre-nos Deus e Alá!

1 comentário:

Maria del Sol disse...

Se há país de que nem sequer os terroristas se lembram é deste rectângulozinho que muitos julgam ser uma província de Espanha. Há quem diga mesmo que a Península está ligada ao continente europeu por um acaso geográfico, que pelos hábitos, como se vê pelos cronistas amadores do Metro, estamos mais perto do Magrebe que da educação livre-pensadora do centro da Europa. Além de que, ao preço a que está a gasolina, pouco nos falta para substituirmos os automóveis por camelos...

Haja paciência!