09/03/2008

Nem sempre o corpo se parece



Nem sempre o corpo se parece com
um bosque, nem sempre o sol
atravessa o vidro,
ou um melro cante na neve.
Há um modo de olhar vindo
do deserto,
mirrado sopro de folhas,
de lábios, digo.

Eugénio de Andrade

6 comentários:

Sorrisos em Alta disse...

Bonito. E dá que pensar.

Beijo e boa semana

Anónimo disse...

olá jeitosa! :D

concordo, poema lindo. lembro-me agora que uma das minhas resoluções de ano novo era ler mais poesia, e até agora nada.

fuck.

pegueitrinquei disse...

Olha Curse, eu não fiz resolução nenhuma, e ando a ler tanta poesia! E a fazer dieta! E a sair mais, e a tirar mais tempo para mim...

Às vezes vale mesmo mais não fazer resoluções...

Ema disse...

amo eugénio de andrade. ninguém brinca assim com a palavra. e os meus óculos que são tão lindos.

V. disse...

ai ai... que me faz mal ler estas coisas. estou entupida de poesia até aos ossos. e sabe tão bem. :))

beijinho*

(sim, gosto dos óculos)

:p

Rosa dos Ventos disse...

Já vi que gostas de Eugénio de Andrade, como eu.
Claro que podes usar o poema da Casa na Chuva como entenderes.
É de todos nós...

Abraço