19/02/2008

Um soco no estômago...

Um soco no estomâgo...

... é com o que podem contar no fim de Into the Wild. Sean Penn excedeu-se com o argumento, a fotografia, a banda sonora (Eddie Vedder ganhou o Golden Globe pela melhor música original), a direcção, a adaptação, a edição de imagem. Eu, pseudo cinéfila que sou, dou por mim a meio do filme a apreciar os pormenores técnicos, os movimentos da câmara, os efeitos de luz, coisas que devem ter nomes muito específicos mas os quais desconheço.

Nem sei como não chorei. Aliás, até sei. Fiz uma forcinha. Apertei bem os olhos e as mãos. Principalmente quando Hal Holbrook chora, deixa cair aquela pequena lágrima que faz toda a diferença. A nomeação para o Óscar de melhor actor secundário não podia ser mais merecida. Holbrook conseguiu desencantar-me gargalhadas e, no espaço de minutos, quase me leva às lagrimas. É um senhor.

Não queria aqui fazer uma descrição do filme, tão pouco uma abordagem crítica. Se quiserem aceitar a sugestão, acho que compete a cada um usufruir das sensações que este filme proporciona. Um imenso estímulo visual. E emocional. Para chegar à conclusão que happiness is only real when shared.

Para ficarem com uma ideia do que realmente aconteceu (sim, o filme é baseado na obra Jon Krakauer, que por sua vez relatou a vivência de Christopher J. McCandless), podem espreitar alguns artigos interessantes aqui, aqui e aqui. Boas leituras e bons filmes!



Foto: encontrada na máquina deixada por Chris (ou Alex Supertramp, como se auto-intitulava), retratando o próprio.

10 comentários:

Helena disse...

Soco na cara, mesmo, porque como é que tanto tempo na blogesfera e só hoje descubro este blog.
Shame, shame, shame on me!!!

By the way ... e sim ... excelente livro, excelente filme, fantástica fotografia e ... eu chorei mesmo. Nem tentei segurar as lágrimas.

Bjinhos
Druiel

Jaime disse...

Ainda bem que partilhaste. Obrigado. É muito sugestivo, vou ver se vejo...
(Não resisto: não sabes porque não choraste?! Então, se não estavas nos transportes públicos, não havia ambiente.)

Maria del Sol disse...

Tenho urgentemente que ir vê-lo... é por estas e por outras que eu queria mesmo que o dia tivesse 28 horas, para compensar as que passo no trabalho ;)

Menphis disse...

Partilho contigo a mania de " apreciar os pormenores técnicos, os movimentos da câmara, os efeitos de luz, coisas que devem ter nomes muito específicos mas os quais desconheço."

ás vezes parece que queremos " sair" do filme como um espectador do entretenimento e ver com outros olhos, tipo olhos de cineasta, tive essa sensação quando vi o " Haverá Sangue" :)

Quanto a esse filme, nunca vi, mas fiquei curioso.

pegueitrinquei disse...

Jaime, só tu para me fazeres rir a meio de um dia de trabalho bem chato.

E Druiel, adorei a visita, sabe tão bem quando nos fazem festinhas no blog!

Ema disse...

de há uns tempos para cá também dou por mim a reparar na técnica dos filmes. mesmo quando a história me arrebata, tento salvar um espacinho para admirar a qualidade da fotografia, pelo menos, que desejo seja um dos óscares para este filme. e o que admirei ontem as close-ups à mosca, à tarântula, sentada ao teu lado, na sala 10.

rv disse...

este filme e banda sonora estão extraordinários, um bom exemplo não de pseudopedagogia mas de um insight que emocionalmente estimula vontades alheias,

boa escolha

Loot disse...

è de facto um filme belíssimo, em todo o seu esplendor e glória.
Saliento também a representaçãod e Emilie Hirsh que é algo de soberbo.

cube disse...

Depois de gravadas as imagens do filme na memória, resta ouvir vezes sem fim a sua banda sonora.

Anónimo disse...

magnifica banda sonora!!!!!