Marcel Duchamp sempre fez parte do meu imaginário. Fascinava-me o modo como impregnou as suas obras de anarquia, como chocou os artistas da época com os seus ready mades, e como marcou indelevelmente o rumo da arte contemporânea. Sem acento permanente no impressionismo, futurismo ou cubismo, Duchamp é um dos founding fathers do Dadaísmo, outra corrente que admiro. Sem esquecer ainda a influência que teve sobre o Surrealismo ou o Expressionismo Abstrato.
Foi através de Duchamp que descobri Man Ray e o francês Picabia, também estes objecto da minha preferência, se bem que menos o parisiense. Atraiu-me a relação sui generis que mantinham estes três vanguardistas, e o modo como romperam com os dogmas da época.
Foi através de Duchamp que descobri Man Ray e o francês Picabia, também estes objecto da minha preferência, se bem que menos o parisiense. Atraiu-me a relação sui generis que mantinham estes três vanguardistas, e o modo como romperam com os dogmas da época.
Não sendo minha intenção aborrecer-vos com os meus gostos, não podia deixar de partilhar a minha satisfação por ver estes 3 grandes artistas expostos juntos em The Moment Art Changed Forever no Tate Modern, Londres, naquele que é já considerado um dos maiores acontecimentos de arte do ano em terras de sua majestade.
Por isso, se alguém lá for e se quiser fazer acompanhar de uma paupérrima fã dos 3, entre em contacto comigo, de preferência com o voo e alojamento já tratados. Eu até estou quase a fazer anos e tudo...Termino o meu pedido citando aquela que foi talvez a mais extrema e dadaísta conclusão a que chegou Duchamp: Cada segundo, cada vez que respiro é uma obra que não está inscrita em lado nenhum.
O homem era um génio... (suspiro)
Imagem #1: La Brune et La Blonde 1941 - 42, Man Ray
Imagem #2: Cinq Femmes 1942, Francis Picabia
Imagem #3: The Fountain, 1916-17, Marcel Duchamp
10 comentários:
Concordo com ele, com todos os segundos perdidos que são arte. =)
estou super orgulhosa, claro. como tu és entendida em arte, minha querida. e sem eu te ensinar nada.
não te sabia fã do Man Ray. eu amo-o.
Obrigada pela visita.Eu tb vou passar mais vezes por aqui ébria ou não that's my choice...sorriso.
Este post fez-me recordar a magnifica colecção dadaista que em em NY e tb já tinha sonhado ir ao Tate....por isso se quiseres lá iremos na easy jet. Falo sério mesmo.
:)
Corrigindo...que vi em NY claro
Essa viagem está na minha lista de coisas a fazer num futuro próximo e assim que a carteira o permitir ou o Euromilhões for meu amigo... e nesse caso estás convidada ;)
Que bela lição de arte. E eu como um curioso já fiz o habitual, pego no nome, aponto-os num papel e quando tiver mais tempinho vou pesquisar sobre eles. Contudo, Man Ray já conhecia, mas agora tenho de aprofundar mais a obra dele.
Sim, é chato, fico solidário. Uma pessoa assim culta e enciclopédica ter-se de contentar com uma visitinha à Colecção Berardo + um pastel de Belém... Se conseguires sponsor, prolonga a estadia que Londres tem mais coisas para ver. Depois conta, claro!
Cada segundo, cada vez que respiro é uma obra que não está inscrita em lado nenhum.
ai... saio daqui com esta frase a martelar-me na cabeça. para me lembrar dela quando o pessimismo me bater á porta.
:)
beijinho*
Muito engraçado!
Ainda bem que passei cá!
Beijo
um dadaísmo nacional na obra "10 Poemas Portugueses", Almada Negreiros.
O Modernismo pai de todos estes importantes sub-movimentos.
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