22/12/2009

Da acefalia no seu pior


Nós, gajas, temos uma certa, terrível e inevitável tendência à acefalia no que toca às questões do coração. É um pouco como as mudanças de humor provocadas pela TPM, temos que sofrê-las e pronto.


Somos um ser demasiado afectuoso, e em proporção directa demasiado carente. Maldito sexo fraco!, pensarão algumas. Se somos mais fracas por sermos afectuosas, carentes? Não me parece. Antes pelo contrário, apenas nos torna mais fortes.


Afinal, só mesmo a uma mulher (acéfala, sublinhe-se), pode suceder ser emocionalmente "enrabada" - e desculpem-me os mais sensíveis, que hoje não estou para eufemismos - e ainda assim sentir uma necessidade inexplicável de amar ainda mais, de se querer dar, de querer acolher e acarinhar.


Porra, é nestas alturas que gostava de ser gajo. Os gajos são tão mais terra a terra, tão mais práticos! Quer dizer, nem todos. Sim, que ainda noutro dia ouvi um gajo assumir que uma das coisas que o assustavam quando tinha namorada, era que ela um dia já não estivesse lá, que o abandonasse. E não, o gajo não era feio, muito pelo contrário. Por isso, das duas uma, ou o gajo é um mentiroso de primeira, o então é o homem que todas queremos ter por perto. Gajo ( e giro!) que tem medo de nos perder, imaginem só!


E com isto, tenho dito. Vou trabalhar.


1 comentário:

Anónimo disse...

Tal como em tudo na vida, é um erro generalizar. E contra mim falo que o passo a vida a fazer.
Embora não pareça, nós homens (independentemente de "giros" ou não...) sentimos tanto a relações como as mulheres. Mas como em tudo há excepções: pessoas menos sensíveis, menos afectuosas, menos dotadas ao nivel da gestão de relações ou até mesmo pessoas que não mostram ou não sabem mostrar, os seus sentimentos. Falo de "pessoas" pq os há, tanto em azul como cor-de-rosa.
Todos somos enrabados emocionalmente pelo menos uma vez na vida, sendo que ao não conseguirem reagir bem a isso,talvez alguns se tornem mais "terra a terra" e portanto
exteriorizam menos o que sentem como defesa.
Na minha opinião o ter medo de perder a nossa outra metade é uma virtude, ou um mal, geral, apenas alternando a intensidade com que essa perda é vivida, pelas mais variadas razões. Assim como também não se amam todos os namorados/as que temos ao longo da vida, da mesma forma. É por isso que alguns são especiais e nos ficam para sempre presos no coração e outros se desvanecem e passam a fazer parte daquela lista de nomes que se perdem no tempo.
O que quase todos queremos é sentir o tal amor recheado de paixão genuina, que nos faz querer ser melhores pessoas, ou até mesmo a melhor pessoa, para que a outra nunca sinta a necessidade de escolher outra...

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