Esta semana, partilhava com um amigo o meu contentamento por ter conseguido bilhetes mais baratos para as Obras Completas de Shakespeare em 90 Minutos e por ter obtido vaga no curso de escrita criativa - gratuito, claro. Ao que ele me responde com um ah, este fim-de-semana vou para Madrid, e em Fevereiro uma semana para Nova Iorque. Foda-se. E eu toda contente por umas merdinhas de nada. Eufórica mesmo!
Afinal, quando se tem pouco, os padrões da satisfação tendem a baixar, a ajustar-se à sufocante realidade em que nos mexemos. Mas será saudável aceitar tais padrões, tão baixos? Será que nos vai ajudar a lidar melhor com as nossas limitações, protegendo-nos da dureza da nossa realidade? Ou simplesmente criar uma redoma que aos poucos nos faz contentar com o pouco que para nós é tangível?
Não quero nem posso aceitar ficar dentro da redoma. Ficar na redoma seria morrer para a vida, calar o intelecto, tapar o sol com a peneira. Cada dia a mais que passar dentro desta redoma, mais me sinto penar.
Puta da galinha!
Afinal, quando se tem pouco, os padrões da satisfação tendem a baixar, a ajustar-se à sufocante realidade em que nos mexemos. Mas será saudável aceitar tais padrões, tão baixos? Será que nos vai ajudar a lidar melhor com as nossas limitações, protegendo-nos da dureza da nossa realidade? Ou simplesmente criar uma redoma que aos poucos nos faz contentar com o pouco que para nós é tangível?
Não quero nem posso aceitar ficar dentro da redoma. Ficar na redoma seria morrer para a vida, calar o intelecto, tapar o sol com a peneira. Cada dia a mais que passar dentro desta redoma, mais me sinto penar.
Puta da galinha!