Subiu a Calçada de Carriche, passava a mão pelos estofos, pelo vestido, pela perna, o peito... Portishead e ficava fora de si ...give me a reason to love you... e sentir cada vez mais o calor tomar conta de si. Dançou por ele, a pensar nele. No Eixo N-S, o inesperado. O telefona que toca. Do outro lado, uma voz masculina ditar-lhe-ia o destino para essa noite. Esta noite ficas comigo. Toda ela estremeceu. Ela estava quente, a noite estava quente, Lisboa estava quente. Um incêndio profuso e prestes a contagiá-lo a ele também. Em breve, dançaria give me a reason to be a woman só para ele, à media luz, já semi-nua. Consumar-se-iam e consumir-se-iam.
Amo-te, pensou.