Nunca pensei que me fosse habituar a ver a tua foto numa pedra de cemitério. Aliás, nunca tinha sequer tido esse pensamento. À excepção de quando acordava a meio da noite em criança, a almofada molhada, os olhos inundados de terror. E ia sorrateira ao teu quarto espreitar-te, confirmar a tua respiração, convencer-me de que ainda ali estavas para mim. Convencer-me de que lá estarias sempre.
Hoje misturo-me com a procissão negra das viúvas no meio das campas cinzentas e desgastadas. Sem flores, sem ilusões, sem sonhos. Só as lágrimas que levo comigo e que te deixo quando vejo a tua foto. Será que me vês? Será que me sabes visitar-te? Será que queres flores? Quando tudo o que queria era o teu abraço...
Nunca me hei-de habituar à tua fotografia dramaticamente tranquila naquela pedra que nada diz sobre ti, sobre o que fomos juntas. Sobre o quão felizes ainda podíamos ter sido.
Hoje misturo-me com a procissão negra das viúvas no meio das campas cinzentas e desgastadas. Sem flores, sem ilusões, sem sonhos. Só as lágrimas que levo comigo e que te deixo quando vejo a tua foto. Será que me vês? Será que me sabes visitar-te? Será que queres flores? Quando tudo o que queria era o teu abraço...
Nunca me hei-de habituar à tua fotografia dramaticamente tranquila naquela pedra que nada diz sobre ti, sobre o que fomos juntas. Sobre o quão felizes ainda podíamos ter sido.