A hora da partida
A hora da partida soa quando
Escurecem o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner
9 comentários:
lindo.
:)
É a isto que eu me referia quando disse que tinha admiração por ti. E por mim aceito de boa vontade o convite para o blog cultural, só não garanto é ser muito assidua porque ultimamente na minha vida escasseia o tempo livre.
Baci!
Foto fantástica.
estou sem palavras... e toda eu sou um arrepio gigante. não sei que dizer, desculpa...
um beijinhos grande*
São estas as alturas em que adorava ser poeta para te dizer coisas que só eles sabem dizer.
Apenas te digo que tens uns olhos tão meigos como os da tua mãe. Beijinho.
Não é apenas uma frase feita: MÃE, há mesmo só uma.
Ela passou o testemunho da coragem para ti.
Love u
estás enganada...não a perdeste.
Ela vive nos teus olhos...e está atenta a cada passo que dás.
Ela vive na mulher que te tornaste...ela é parte do coração que ajudou a moldar.
=)
beijo grande*
Maravilloso poema. Un gusto leer a Sophia de Mello en la cadencia de su idioma original.
Gracias por ello.
Saludos...
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