Alma Schindler foi das personalidades mais intensas e curiosas da elite vienense do início do século passado, e uma das mulheres da história que mais me intrigam. Para além de pintora e escritora, Alma era ainda uma mulher extremamente inteligente e de uma beleza que inspirava a inveja feminina e os desejos masculinos. De tal maneira, que foi musa de Gustav Klimt (a quem ofereceu o primeiro beijo) e Gustav Mahler, tendo-se envolvido também com Alexander von Zemlinsky, Walter Gropius e Franz Werfel.
De Mahler, recebeu o Adagietto da 5ª Sinfonia, prova de amor irrefutável pela beleza da composição. Já Oskar Kokoschka representou-a consigo na tela várias vezes, de que é exemplo a Noiva do Vento. Sem contar com as cartas de amor de Gropius e os manuscritos de Werfel.
Uma mulher que frequentou o Café Central (suspiro...), que passou por Lisboa fugida aos nazis e que passou os últimos dias em Nova Iorque.
Uma mulher que passou a vida rodeada por homens excepcionais, desde poetas, arquitectos, romancistas e artistas plásticos. É impossível deixar de admirá-la e invejá-la, mesmo decorrido quase meio século desde a sua morte.
E tudo porque hoje senti saudades de Viena...
Noiva do Vento, Oskar Kokoschka
11 comentários:
Muito bom! (este senhor é absolutamete divinal, não desfazendo da senhora que dá tema ao post...)
Isto não tem anada a ver com este post, mas apenas porque esta é a caixa de comentário mais à mão.
Gosto deste blog. E sinto-me bem aqui. Pelo menos com o sol de fim do dia.
E no meio do blog, gosto sobretudo disto: Publicada por H4rdDrunk3r em Quinta-feira, Abril 10, 2008.
Von
q quadro extraordinário!!!
Só por teres incluído um dos meus quadros favoritos de todos os tempos já me merecias um comentário, mas por teres dedicado o texto àquela mulher extraordinária ficas com um elogio rasgado. É por estas e por outras que vale sempre a pena voltar ao teu estaminé. ;)
Beijinhos!
Coincidência ou não, esta semana comprei quatro CD´s de Strauss.
As tuas saudades, provocam-me sempre vontade de partir...
Partir para voltar aos tempos sem saudade!
beijinhos
Sorte a da senhora que foi tão admirada e a tua que conheces Viena!...
Abraço
...que vontade de ir a essa cidade...
*suspiro*
Essa agitação vienense no princípio do século foi ainda anterior à de Paris e a Alma sugou-lhe o tutano. A roda intelectual deixou de existir nos anos 60 e é muita pena.
isso é que é nível de vida. se o gropius ou o klimt me tivessem dado só 5 minutos de atenção, já me dava por contente. já não há musas inspiradoras agora, me parece. ou há, mas não eu. :)
Este post é um verdadeiro serviço público. Muito bem
E um bem haja a essa senhora (inveja grrr, também queria ser pintada pelo Klimt)
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